O mercado de casamento em ano de crise

Fornecedores e noivos se ajustam como podem para ter um casamento dos sonhos e oferecer um serviço de qualidade em meio a um delicado momento econômico


Estamos em maio de 2015 e já aumentou a energia, a gasolina, os impostos e, junto com eles, os preços dos álbuns de casamento, da decoração, do buffets e de outros serviços do mercado casamenteiro. Pois é, a crise econômica chegou e já bateu às portas de noivos e fornecedores.
Os novos – e altos! - preços pegou de surpresa os estudantes universitários Thiago Costa e Priscila Erlacher. Com casamento marcado para fevereiro de 2016, eles se assustaram com os alguns valores. “Nós tivemos que deixar o serviço de filmagem, escolhemos apenas as fotografias, senão ia sair muito caro. Também optamos por não fazer festa de casamento, pois o que não abrimos mão de jeito nenhum é a nossa viagem de lua de mel, para o lugar que a gente sonha ir”, conta Priscila.
Vamos conversar?
A cerimonialista Patrícia Esteves percebeu uma redução nos orçamentos dos noivos e acredita que abrir a situação financeira para os fornecedores pode trazer algumas economias para o casal. “Houve uma queda de 20% a 30% da verba disponível para o evento. Por isso, vivemos um momento em que o menos é mais. Itens de grande peso no orçamento, como decoração e música, podem ser reajustados. Os noivos podem conversar com os fornecedores informando que gostariam de algo bacana, porém numa proposta mais clean. O fornecedor vai entender e buscar algo que seja bom tanto para ele quanto para os clientes. Assim, ele também não perde o negócio e os noivos têm um fornecedor de credibilidade sem comprometer a planilha orçamentária”.

Thiago Costa e Priscila Erlacher fizeram algumas escolhas para não gastar muito e aproveitar a lua de mel. 
“Me dá um desconto?”
Até mesmo nos serviços essenciais, como fotografia - geralmente o terceiro item fechado pelos noivos, após igreja e cerimonial -, os noivos precisam colocar a criatividade em prática e abrir o diálogo com o fornecedor. “Nós vemos algumas noivas tentando negociar. Elas procuram não fazer alguns ensaios, como externas ou pré-casamento para ver se conseguem desconto”, conta o fotógrafo Marcos Salles. 

Para ajudar as noivinhas, Salles ainda trabalha com o orçamento de 2014. “Eu vejo que a fotografia sentiu a crise que acompanha outros elementos. Por exemplo, as encadernações dos álbuns subiram 20% e a impressão das fotos teve um aumento de 15%. Está difícil para os noivos e está difícil para nós também. Nos últimos 10 anos, eu fiz uma média de 25 a 30 casamentos por ano e não iria conseguir manter esse número se reajustasse o preço”.
Vencendo a crise juntos
E em busca do sonho de um casamento perfeito e da oferta de um serviço de qualidade sem prejudicar o cliente, fornecedores e noivos se unem para vencer juntos a crise econômica. O Centro de Convenções de Vila Velha, por exemplo, oferece duas opções de pagamento para que os noivos escolham qual se adequa mais ao orçamento.

“A primeira coisa é viver a crise junto e trabalhar a realidade com o cliente para realizar o seu sonho mantendo o nosso padrão de qualidade. Não adianta fechar um contrato sem qualidade e também não adianta fechar com preço alto e perder o cliente. O que buscamos é viabilizar o sonho de qualquer cliente dentro de uma realidade econômica que estamos vivendo. Infelizmente a culpa não é nossa e temos que nos adaptar a isso”, afirma Ariane de Oliveira, proprietária do espaço.
O fato é que agora é hora de arregaçar as mangas e colocar as mãos na massa para economizar no casamento e não prejudicar a qualidade do grande dia. As dicas são muitas e vão desde a confecção de alguns itens a serviços mais em conta, e o Especial Noivas do Folha Vitória vai contá-las para você ao longo do mês de maio. 

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