"A dificuldade do 1o ano de Casamento" - estréia da nossa colunista representante da Baixada Santista, Sabrina Dinau.
Hoje com muita satisfação eu apresento a colunista e correspondente da Baixada Santista, a querida Sabrina Dinau, esposa, mãe de 2 filhos, moradora da minha cidade maravilhosa: Santos, no litoral sul de São Paulo, formada em odontologia e atua na profissão na cidade e também é proprietária da franquia do portal www.seuevento.net/santos/ , também parceira do blogsite Amandica Indica!
Eis a Sabrina, nossa colunista na "função" mais maravilhosa, a de mãe:
Espero que gostem pois ela estará aqui uma vez por mês, e também falará de eventos de noivas que acontecerão na Baixada e em breve novidade entre SeuEvento.net Santos com a Sabrina e Amandica Indica!
Achei este texto bárbaro, pois é a pura realidade!
Voilá!
Beijos,
Amandica
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A dificuldade do 1º ano de Casamento
A adaptação ao novo jeito de viver, a maneira de lidar com as tarefas domésticas e com as contas acabam gerando conflitos e se um dos dois não tiver maturidade o suficiente, as situações acabam desestruturando o casamento.
A questão toda está em lutar pelo amor e não desistir... certa vez escutei que “ Separação antes de dois anos de casados, significa que não tentaram” então aí está o segredo, quando aparecem os conflitos precisamos tentar... tentar resgatar todo o amor que nos fez adentrar a igreja e dizer “ Sim “ perante todos!
Ao comparar estatísticas sobre divórcios em diferentes países do mundo, o maior número de separações ocorrem no 1º ano de casamento, no 7º, no 15º e no 25º.
Essa semana completo 5 anos de casada, confesso que o 1º ano foi muito difícil, o fato de agora ter “nossa” casa, “nossas” tarefas, “nossas” contas etc assusta um pouco! Mas o fundamental é parar e pensar... veja se vale a pena mesmo jogar tudo para o alto por algumas diferenças, o casamento nada mais é como um aprendizado, no começo é tudo diferente , novo mas com o tempo e a convivência o relacionamento vai se moldando!
A vida está sempre em constante movimento e nós temos que se adaptar, então não jogue fora a oportunidade de viver um amor, viva-o, deixe as fases chegarem, passe por elas e tentem , tentem sempre juntos, isso é muito importante, não viva fases no seu casamento sozinha, o casamento é uma união, juntos conseguimos passar por dificuldades que quando findam acabam por fortalecer ainda mais o relacionamento, a intimidade se torna maior e o amor cresce!
Enfim para o 7º ano do meu casamento ainda faltam 2, nesses 5 anos passamos por muitas provas, sempre juntos e é por esse motivo que não tenho vergonha de dizer “ Hoje amo o meu marido muito mais do que no dia em que casei.” Essa frase pode soar um pouco estranho, mas é isso que faz a convivência, a rotina, o dia-a-dia... você vai conhecendo a pessoa, se entregando, passando pelas fases da vida, fases boas, ruins, vem os filhos (ou não), problemas financeiros... isso só une o casal. Mas não esqueçam, é preciso tentar e não se deixar abater pela primeira crise, que começa lá no começinho, normalmente no 1º ano de casado!
Experiência própria, não desista antes de tentar... assim que a crise te pegar tente, tente pois vai valer a pena, tenho certeza!!!
O Sétimo Ano - Ao longo de sete anos de convivência, o casal vai acumulando mágoas por pequenas e grandes expectativas às quais o outro não correspondeu. Os dois vão engolindo sapos com Ketchup, lagartixas com maionese e cobras e lagartos com mostarda. Mas quando o casamento chega perto do sétimo ano, essas mágoas escondidas costumam explodir - ou implodir. É quando você não agüenta mais, porque reprimiu sua raiva e suas incontáveis desilusões ou porque isso provocou um número infinito de brigas que foram corroendo o amor. É um atrito constante, conflitos em cima de conflitos que vão se avolumando e, por efeito acumulativo, acabam provocando um estouro. E nessa explosão, o casamento pode ir para o espaço. A ruptura pode ser tão grande que não é possível - ou não se quer - continuar juntos. O triste dessa situação é constatar que as pessoas não aprenderam a brigar.
Eu descobri que, mal ou bem, todo mundo vai aprendendo a amar. Mas dificilmente alguém aprende a brigar, a negociar as diferenças, os conflitos. Como isso é uma grande dificuldade, vamos escondendo a sujeira embaixo do tapete. Até que há um transbordamento. Mas em algum momento será preciso juntar os pedaços, ver o que sobrou de um, do outro e da relação. É uma oportunidade de reavaliar o que se fez de errado, o que ainda pode ser transformado e se é possível ainda seguir juntos na vida. É uma crise intensa, dolorosa, mas pode significar o início de um novo ciclo do casamento, construído em outras bases. O Décimo Quinto Ano - Em torno do 15° ano de casamento, as pessoas começam a se questionar, relembrar os sonhos da juventude que não foram realizados e a pensar seriamente se vale a pena continuar investindo no outro e no relacionamento. Esse período de questionamento e redefinição é fundamental. Nesse momento da vida, em geral com os filhos um pouco maiores, passamos por uma profunda crise de identidade. Perguntamo-nos mais uma vez quem sou eu, o que estou querendo da vida e o que estou fazendo com ela. Muitos vão procurar ajuda para poderem fazer um balanço de tudo o que aconteceu, do que se estragou, do que se perdeu, do que pode ser reconstruído ou resgatado. É uma hora de redefinição do futuro e da possibilidade de continuar com o companheiro nessa caminhada. O Vigésimo Quinto Ano - Em geral, a gente casa entre 20, 25 anos e essa crise vai nos pegar na virada dos 45, 50 anos. É a crise da meia-idade. Ela pode levar a um reencontro e uma reintegração do vínculo. Mas pode também conduzir à acomodação ("ruim com ele, pior sem ele"), quando os dois não vêem outra alternativa para suas vidas. Se o casal enreda nas frustrações e se acomoda, o que passa a manter a relação não é mais o cuidado com o outro, a proteção mútua, mas uma espécie de energia negativa. É a raiva que mantém os dois juntos, não o amor. O comportamento é mais ou menos assim: você me agrediu hoje cedo, antes de sair para o trabalho. Eu me senti atacada. Passei o dia inteiro cozinhando aquela raiva em fogo lento. No dia seguinte, dou o troco, com juros e correção. E essa situação tende a se repetir ad infinitum. Se as pessoas, ao longo de 25 anos de vida em comum, não administram seus conflitos nem enfrentam as crises, eles se tornam permanentes. E o vínculo muda de cara, passa a se assentar nessas história de ressentimentos. Então, o casal fica junto apenas para manter as aparências, fazendo uma encenação para os outros. Vive representando para si e para o mundo. Em alguns casos, os dois viram uma espécie de mortos-vivos. Em inglês, há uma expressão muito boa para definir essas pessoas: são os Walking deads, mortos que caminham. O mundo está cheio dewalking deads, pessoas que já morreram, mas continuam caminhando pela vida.
A maior parte das pessoas morre aos 50, mas só é enterrada aos 70. Elas vegetam: acordam porque têm que acordar, trabalham porque têm que trabalhar, mas não vivem. Elas deixaram de sonhar e acreditar na vida. Para resolver essas crises, é preciso aprender a negociar os conflitos desde sempre. Não podemos encarar as crises que acontecem em nossa vida e no casamento como situações fixas, imutáveis. Não devemos assinar uma sentença de morte do relacionamento aos 7, aos 15 ou aos 25 anos de vida em comum. Não existem deadline, prazos-limite na convivência a dois. Não podemos traçar linhas de morte nem ficar impotentes diante dos problemas. A negociação dos conflitos é a única solução realmente satisfatória para que possamos reciclar, a cada momento e diante de cada problema, o relacionamento a dois.
(Extraído do Livro " AMAR É PRECISO" , Maria Helena Matarazzo)
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