Educação é obrigação. Pelo menos aqui em casa.

Por Ike Levy
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Uma vez, fui tomar sorvete com o meu pai, me lembro como se fosse hoje. Eu devia ter uns cinco ou seis anos de idade.
Assim que ele estacionou o carro na sorveteria, veio um garoto pedir uma grana pra cuidar do carro. Meu pai convidou o garoto pra tomar sorvete com a gente. O que me chamou a atenção foi o sabor do sorvete que ele escolheu: Macadâmia.
Hoje eu imagino que ele tenha provado todos os sabores a convite de pessoas como o meu pai e curtiu a tal macadâmia.
Outro dia estava na praia com a minha filha e assim que passou o carrinho do sorvete ela me olhou com aquela carinha de: Pai, quero tanto!! Como a paixão por sorvete vem de outras gerações, me levantei na hora pra realizar a vontade dela e a minha, claro! A Nina escolheu o dela, de uva. Assim que recebeu o produto, sorriu para o sorveteiro e disse um simpático: – Obrigada!
Ele me olhou surpreso e disse: – É a primeira criança que me agradeceu hoje.
Dessa vez, quem ficou surpreso fui eu. Uma palavra tão simples, que é a base da educação, caiu em desuso.
Falta de educação é uma das poucas coisas que eu não suporto.
A Nina está numa idade linda. Ela tem cinco anos e está descobrindo o mundo. Ainda não sabe ler e escrever, mas além do próprio nome, ela já escreve: Ike, Luciana e Tony.
Então faz desenhos e sempre escreve os nomes da família real. Intitulada por ela mesma. O papai é o REI, a mamãe a RAINHA, ela é a PRINCESA e o Tony, o PRÍNCIPE.
Demos um peixinho pra ela.
-Pai, ela é Macha? – Não minha filha, ela é Fêmea. – Ah, tá…
Quando temos filhos, podemos ver a passagem do tempo com maior clareza. Basta observá-los dormindo.
Ela está enorme. As atitudes variam entre bebezão e uma mocinha cheia de certezas.
Entendo que criamos os filhos pro mundo, mas é tão bom beijar e abraçar. Sei que daqui a pouco ela não vai mais querer saber de tantos chamegos. Ainda bem que fomos profissionais e tivemos o Tony. O cara tem apenas seis meses e eu já tenho altos papos com ele. Ele me olha no fundo dos olhos e tenho certeza que compreende. Daqui a pouco vamos começar as aventuras, por enquanto ele sorri e faz o maior sucesso com seu charme.
A Nina é muito observadora e adora aprender. Ela tem o vocabulário extenso e é muito articulada. Conversa com as pessoas e encanta a todos.
Nos nossos papos, ela aprende, me ensina muito e ainda diz: – Obrigada!
Agradeço todos os dias pela família real.

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