Casamento Anglicano - por Fatima Leonhardt
É católico.
Por isso, as cerimônias de casamento realizadas nas igrejas cristãs já
são bem conhecidas pelo público. Mesmo que muitas religiões tenham
rituais parecidos, cada um tem a sua peculiaridade. Hoje, falaremos
sobre o casamento anglicano, que está super na moda, hoje em dia, no
Brasil.
Seu
ritual é muito parecido com o católico. Os casamentos são celebrados,
de preferência no templo, mas também fora, onde for mais adequado aos
noivos. São celebrados casamentos de pessoas solteiras e divorciadas,
uma vez cumpridas as exigências legais e da Igreja. Para ambos os casos
existe um acompanhamento pastoral com o Reverendo, combinado entre as
partes para que possa ser cumprido com tranquilidade. Esse se faz
necessário, inclusive, para se montar o processo matrimonial. Após esse
acompanhamento, conforme agenda, marca-se a data. Quanto a duração da
cerimônia, considerando que não haja atrasos, gira em torno de 40
minutos.
Mas como surgiu essa religião? No que ela acredita?
Voltando
no tempo, em 1533 na Inglaterra, o rei Henrique 8° era casado havia 24
anos com Catarina de Aragão. Com ela, teve 6 filhos, mas só um deles,
uma menina, sobreviveu. Preocupado com o futuro do trono, Henrique
deixou-se encantar por Ana Bolena – uma dama educada, culta, jovem e
louca para subir na vida. O rei pediu o divórcio, o papa Clemente 7°
negou e ainda se recusou a abençoar a sua segunda união. Henrique 8° não
pensou duas vezes: cortou relações com Roma e se declarou o chefe de
uma nova Igreja. Assim nasceu a igreja Anglicana.
Os anglicanos acreditam na Santíssima Trindade e seguem, como todos os cristãos, as Sagradas Escrituras. Entre o catolicismo e o protestantismo, escolheram o caminho do meio. Dos católicos, pegaram a sua hierarquia de padres, bispos e arcebispos. Mas, como os protestantes, eles não aceitam a autoridade do Papa. A figura que mais se aproxima disso é o arcebispo de Cantuária, que passa recomendações e mantém a unidade da Igreja no mundo, mas não impõe nenhuma decisão.
Os anglicanos acreditam na Santíssima Trindade e seguem, como todos os cristãos, as Sagradas Escrituras. Entre o catolicismo e o protestantismo, escolheram o caminho do meio. Dos católicos, pegaram a sua hierarquia de padres, bispos e arcebispos. Mas, como os protestantes, eles não aceitam a autoridade do Papa. A figura que mais se aproxima disso é o arcebispo de Cantuária, que passa recomendações e mantém a unidade da Igreja no mundo, mas não impõe nenhuma decisão.
Cada
província (o grupo de cada país) é livre para questionar as
recomendações do líder, que só entram em vigor após serem discutidas
entre representantes do clero e dos leigos. Tudo por respeito à
filosofia anglicana, que pressupõe a crença inabalável na maturidade dos
fiéis. À Igreja cabe apenas a função de orientar os membros por meio do
conhecimento do evangelho. E assim, democraticamente, cada província
construiu uma personalidade, que se reflete até no nome. Não existe uma
única Igreja Anglicana: há a Igreja da Inglaterra, a Igreja da Irlanda, a
Igreja Episcopal dos EUA, a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, e por
aí vai. Todas elas reunidas na chamada Comunhão Anglicana, presente em
160 países de todos os continentes do globo. Ao todo, são 80 milhões de
fiéis, o suficiente para fazer dos anglicanos a 3° maior comunidade
cristã do mundo.
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