Saindo para jantar - dicas de etiqueta e comportamento do nosso colunista Fábio Arruda com exclusividade para o Amandica Indica
Ao sair para jantar e chegar ao restaurante você
certamente encontrará um manobrista para estacionar o seu veículo. Por favor,
nada de pedir que deixe o seu “possante” último tipo na porta. Todos os clientes merecem a mesma atenção.
Elegância e discrição caminham juntas, AGARRADAS.
O pragmatismo dos americanos consolidou as reservas em
restaurantes. Verdade seja dita, eles estão de parabéns. Não pode haver algo
mais civilizado do que ligar com antecedência, reservar uma mesa
estrategicamente localizada para o seu agrado e com isso ter a garantia de um
bom atendimento e momentos agradáveis. Caso não a tenha feito (deveria) nada de
usar aquele famoso “Você sabe com quem está falando” com o dedo de batuta
elevado no ar.
Ao contrário do que se imagina, o homem entra na frente,
se dirige ao maître e após a indicação da mesa, a mulher passa à
frente. Nesse trajeto, ao encontrar
pessoas conhecidas, apenas cumprimente-as com um aceno de cabeça. Nada de
“bater os piques” na mesa deles.
Sente frente a frente, é muito mais confortável e garanto,
evita torcicolos.
Fumantes ou não fumantes? Por mais polêmico que seja o
assunto, vamos respeitar as opções de cada um. Não adianta você querer ser
gentil com o seu acompanhante, acompanha-lo até a parte externa do recinto para
fumar e ficar fazendo discurso anti-tabaco durante toda a refeição.
Mulheres, atenção: deixem para os homens os pedidos aos
garçons e ao mâitre. Vocês dizem que não existem mais cavalheiros, mas muitas
vezes não permitem que seus acompanhantes o sejam.
Imprescindível ressaltar a regra básica: QUEM CONVIDA, PAGA. Quando
se COMBINA um programa, trocando opiniões sobre o local, horário e toda essa
tratativa, pode-se pensar em dividir a conta. “O combinado não é caro”.Se você
estiver acompanhado de um amigo gentil e carinhoso e ele quiser pagar a conta,
nada de “Ah! Não posso aceitar”. Apreciar convites é sinal de elegância, porém
não esqueça de emendar aquele muito obrigado delicioso que vem do coração. Ao
dividir a conta, não importa se 2 pessoas, 2 casais, nada de contabilizar
separadamente o que cada um consumiu.
Divide-se em partes absolutamente iguais.
Agora , bom senso numa situação como essa:nada de pedir o champagne mais caro
da casa.
E por falar em carta de vinhos, eis aí “a rolha”. Isso
significa uma prática existente em alguns restaurantes ao redor do mundo. É uma
taxa cobrada pelo vinho que você leva ao restaurante. Em geral é de 30% do
valor deste, ou similar,da carta da casa.Uma boa dica: quando fizer aquele
telefonema solicitando a sua reserva (conforme combinamos, lembra?), pergunte
se essa prática é vigente na casa. Existem as que se reservam o direito de não
permiti-lo.
Vamos fechar o nosso programa com chave de ouro? É
extremamente elegante e gentil deixar um cheque ou o cartão de crédito no caixa,
para o pagamento, ao chegar. Comentários sobre o quão caro ou barato foi a
conta...nem pensar!
Se rolou, ou já está rolando um clima, deixe as carícias
ardentes e beijos tórridos para um local reservado. Demonstrações exageradas de
carinho em público não estão com nada.
Tin-tin, cheers ou salute, o que importa é que seja um
delicioso programa.
Fabio
Arruda
Palestrante, consultor e autor de livros sobre Etiqueta
e Comportamento
www.fabioarruda.com.br
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