Relato do Casamento de Ana Paula & Leonardo em seus 6 anos de casados - Feliz Bodas de Açúcar!

A Ana Paula é uma querida amiga, mas ainda não a conheço pessoalmente... claro que a explicação está no grande fenômeno que é a internet e as redes sociais em nossas vidas e nossa amizade já vai para 4 anos só através dela e do telefone (né Ana???).

Moramos na mesma cidade, mas São Paulo tem bairros tão distantes quanto cidades metropolitanas de algumas regiões deste "Brasilzão", e então ainda não tivemos este prazer, de nos conhecer pessoalmente!

Hoje ela comemora 6 anos de casada com o Leonardo, e como gostaria de fazer uma surpresa ao marido pediu para eu publicar este lindo relato do "encontro" dos dois nesta vida!

Parabéns queridos pelas Bodas de Açúcar e que estes 6 anos se tornem mais 12, 18, 24 anos e daí por diante!

Um grande beijo do blog site Amandica Indica e os meus parabéns especiais!

Amandica!

@Amandica_Indica

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Um lindo relato de uma esposa apaixanoda!

Por Ana Paula  Claudino Iaizzo

Este relato é um “presente surpresa” para meu marido, Leo, pelos nossos 6 anos de casados!

Nossa estória é, sem dúvida, única!

Nos conhecemos em um site de relacionamento, com um detalhe: não fomos nós que fizemos nosso cadastro!!!...

Explico: o Leo tem um amigo que havia se cadastrado e, este amigo, o inscreveu. E não é que o mesmo aconteceu comigo?

Conversamos via chat por 1 mês antes de nos falarmos pela 1ª vez pelo telefone. Dois meses depois do nosso 1º encontro virtual, ele foi me visitar em minha cidade natal, Brasília. Namoramos por mais 2 meses e, sem motivo, terminamos. Mantivemos contato esporádico.

Seis meses após o rompimento, um acontecimento, em outubro/2004, mudaria nossas vidas: vim para São Paulo para o casamento de um amigo que, por anos, havia perdido o contato.

Ao chegar informei, meu então "ex", que estava na  Cidade. (nova explicação: ele me ajudou até a encontrar um bom salão, próximo ao hotel que eu ficaria).

 Saímos para lanchar como bons amigos - afinal, mesmo após o término, conversávamos com certa freqüência e havia comentado que estava namorando (o que não era uma “verdade plena”, risos).

Naquele dia, a saudade e a sintonia que sempre tivemos ficou evidente e... ficamos juntos durante o fim de semana. Sinceramente, eu não consegui raciocinar direito tudo o que aconteceu naqueles dias!

Voltei para Brasília e, na mesma semana, ele viajou para o exterior, por duas semanas. Ele estava feliz com o reencontro, eu também, mas ponderei: "precisamos pensar sobre o que aconteceu enquanto você estiver fora. Quando voltar, conversamos". Afinal, já havia me machucado uma vez com ele e não estava pronta para me magoar denovo.

Uma semana depois, estava no trabalho quando recebi uma ligação - internacional. Era ele, falando que me amava e que não me perderia uma 2ª vez!! Juro, quase cai da cadeira!!! Eu tremia!!!

Assim que ele voltou ao Brasil foi me visitar em Brasília.

Já voltamos falando em casamento! Ops!!! Mas... como assim?!? Casamento?!? Sem nos conhecermos bem? Não seria imaturo? E... mudar minha vida inteira sem ter certeza que era “ele”? Sair da casa dos meus pais, da minha cidade, pedir transferência do trabalho para “brincar de casinha”?

Como se diz... “um passo de cada vez”!

Com esse forte sentimento entre nós, os interurbanos diários eram muitos! E, ao menos, nos víamos uma vez por mês!

Passamos a virada de 2004/2005 juntos e decidimos que eu passaria minhas férias com ele, em São Paulo.

Em fevereiro de 2005, após 1 mês na casa da sogra (!!) e estando presente em sua rotina, conversando sobre tudo que se possa imaginar... aconteceu!! Fui oficialmente pedida em casamento!!! Não esqueço da forma incabulada com que ele fez o pedido – no quarto dele!!

Em março decidimos a data: 01 de abril de 2006.

Sim, isso mesmo! No dia da mentira!!

A data teve dois significados: completávamos 1 ano e meio do nosso “retorno” de namoro e, ainda... após eu checar o calendário do ano de 2006, eu teria 45 dias de “licença” no trabalho para me organizar!! Loucura a minha não? Consegui conciliar: férias+ licença casamento + feriados+ abono+transferência! Ufa!!!  

O Leo fala que eu “morro de véspera” ou seja, sou como um “peru de Natal”  - sempre me antecipo! Deu para perceber, né? Kkkkkk

Então, eu tive 1ano e 1 mês para preparar tudo. E, acho que me saí muito bem!

Como fui da Comissão de Formatura, conheci muitos profissionais bacanas, o que me ajudou a saber o que queria e o que não queria em meu casamento! Claro que fiz sempre 3 orçamentos de TUDO e que, além do preço, a empatia era um fator fundamental para mim!

Sei que sou bem detalhista – e, por isto, fui uma noiva que tentava demonstrar ao máximo meu gosto para os profissionais que escolhi para este momento especial de nossas vidas – para que fosse o mais fidedigno ao que queria.

Se os preparativos, pesquisas... enfim, a correria de noiva já é cansativa... imagine: na época eu era assessora do “Chefão”. Tinha que conciliar preparativos, trabalho e nossa “ponte aérea”. Nem eu sei como consegui conciliar tudo!

Brinco que tive algumas “despedidas” – das minhas amigas, da rotina, da cidade... Meu chá de panela foi a 1ª. Foram cerca de 80 amigas, mães de amigas... enfim, mulheres lindas que fizeram (e ainda fazem) parte da minha estória de vida!

Minha 2ª despedida foi a de solteira, em um bar/pub da cidade – a idéia era que as amigas solteiras curtissem comigo e, se desse, encontrassem algum possível pretendente! (por que não?)

A minha terceira despedida foi a do trabalho. Duas semanas antes do meu casamento tirei férias. Só que eu não voltaria mais. Acho que, neste momento, percebi de verdade que minha vida estava prestes a mudar. Saber que aquele era meu último dia, que não faria mais aquele caminho para trabalhar, veria aquelas pessoas de 2ª à 6ª... A despedida foi emocionante - o desejo de sucesso e de felicidade por pessoas que se tornaram grandes amigos me fizeram desabar em choro!

Tive duas semanas para acertar os últimos detalhes do casório, ficar um pouco em família e me preparar para o dia “D”.

O Leo chegou na 4ª feira da semana do casamento e, meus sogros, na sexta. Mas nossa maratona começou na sexta mesmo! Além do ensaio, fomos ao aeroporto 3 vezes (isso mesmo), 3 vezes, para buscar parentes do Leo. E, claro, precisava fazer um city tour com eles... Fomos “jantar” num fast food quase meia noite!

Contratamos vans para pegar os convidados que chegaram no dia (no total, 52 pessoas foram para o casamento, dentre pessoas de SP e parentes do Leo que vieram do Exterior). Deixamos uma van à disposição especialmente para as mulheres irem ao salão, bem como um carro à disposição para meus sogros.

Às 10h00 do DIA meu pai me deixou no salão. Lá havia, além de mim e de minha mãe, cerca de 20 convidadas de Sampa. Foi uma farra! E eu estava bem tranqüila! No mesmo dia, uma amiga virtual também se casou e ficamos juntas na “suíte das noivas”. O legal desta suíte é que ela é bem restrita – o que me ajudou a ficar serena.

Sai do salão e fui para o Studio Fotográfico – me arrumei e tirei muiiitas fotos, claro! De lá, rumo ao altar! ;)

A Igreja em que casei tem um significado muito especial em minha vida. Fui catequista alguns anos na Igreja de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro e, para mim, sempre foi um local de extrema paz.

Ao chegar na Igreja,  eu estava muito tranqüila. Até me espantei!!! Meu pensamento? “Ok, vamos ensaiar”. Ahm? Como?!? Eu ri de mim mesma!! Acho que foi uma forma que encontrei para não ficar tão nervosa!! Na realidade, acredito que Deus e Nossa Senhora sabiam o quanto eu havia esperado viver aquele momento naquele local!

Assim, entrei tranqüila na Igreja. É... acho que só os primeiros metros!!... Juro que, depois, não sentia minhas pernas!! Entrei “focada” – olhando meu noivo no altar. Meu olhar, meu sorriso eram para ele! Ouvi uma amigona dizer “Aninha, você está linda”! Mas não desviei o olhar do motivo de tudo o que estava vivendo: meu Leo!

Padre Abdon foi de um carinho enorme em toda a cerimônia! Brincou conosco diversas vezes e, em muitos momentos, quase arrancou muitas lágrimas de mim!

Acredito que, tanto a cerimônia, quanto a festa, foram reflexo da forma que nosso relacionamento sempre foi: leve, divertido!

Jantamos antes de entrarmos na festa. Acho que foi uma das decisões mais felizes da noite! Conseguimos conversar, rir, degustar a comida – que estava excepcionalmente deliciosa!

A festa foi super animada!! Ao entrarmos fomos recepcionados por nossos pais e padrinhos! Após o agradecimento, a retrospectiva foi emocionante! Chorei muito ao ver a última foto com minha vozinha viva! Os amigos comemoravam cada momento ali relembrado!

Nossa dança foi um momento que esquecemos de tudo e todos! Nossa música é, em si, uma música inspiradora! (Il mondo insieme a te – Max Pezzali). Dica: se não conhece, ouça e veja na internet a tradução da letra! Vale a pena!!

Quanto a jogar o buquê para as amigas... seguimos o ritual americano. A idéia, neste caso, é formar um novo casal. Assim, joguei o buquê para as amigas e o Leo jogou para os amigos a  liga que estava em minha perna. Foi divertidíssima a forma com que ele tirou a liga – com a boca! Morri de vergonha!!!

O “casal” não vingou – afinal, quem pegou o buquê foi minha prima (que já tinha namorado) e o rapaz namorava uma amiga!

Posso dizer que curtimos nossa festa, do início ao fim!

Nossa lua de mel Foi em Porto de Galinhas. Praia, sol, passeios tranqüilos e descanso!

Voltamos para Brasília para efetuarmos trocas de presentes e arrumarmos a mudança. Foram mais de 40 caixas e... em 17 de abril de 2006 chegamos em nossa casa!

Minha adaptação não foi fácil, mas o Leo sempre foi o meu grande companheiro e amigo! Podemos não ter tido o tempo de um namoro tradicional, na mesma cidade... mas nossa convivência e amadurecimento como casal não precisou disso! A leveza de atitudes, a transparência e a vontade de estarmos juntos fez com que raramente houvesse discussões!

Em 2008 mudamos de casa e ai começamos a pensar sobre aumentar a família, sem grandes planejamentos, apenas começamos a conversar mais sobre o tema. Mas o ano de 2009 foi um marco em nossas vidas! Literalmente... “foram tantas emoções”!

No fim de janeiro de 2009 tive que fazer uma cirurgia de urgência. Eu, que nunca havia tido uma crise de vesícula sequer, estava com minha vesícula necrosada e ainda havia umas pedrinhas no canal até o pâncreas. Foram alguns dias na UTI, com direito a muita fisioterapia pulmonar! O Leo ia me visitar na UTI e chorava. O médico que me operou disse a ele que, por pouco, não ficou viúvo...

Preciso dizer que depois do susto o Leo já queria que eu engravidasse?! O médico, claro, virou nosso amigo. E dizia que eu já poderia engravidar, que não havia problema algum! Mas... calma, gente, eu acabei de ser operada! A cicatriz “tá fresquinha”!!

Duas semanas depois da minha alta, fomos para Brasília, para acalmar minha família, risos. Comemoramos o aniversário do Leo e, de quebra, meus amigos brasilienses ouviam minhas últimas aventuras.

Aproveitamos a viagem e fomos à Goiânia visitar nosso querido Padre Abdon (sim, o que nos casou). Ele havia passado um tempo fora do Brasil e a saudade era grande. No dia do nosso encontro, comentando sobre nossa intenção de aumentar a família, ele impôs as mãos em minha barriga e rezou.

No dia 9 de março de 2009 lá estava eu na consulta com o Ginecologista... Ele pediu para que eu aguardasse pelo menos uns 3 meses para engravidar em função da sobrecarga de medicamentos que meu fígado acabara de receber.

Bem... fim de março e... estranhei não sentir qualquer sintoma pré menstrual. No mesmo dia que deveria menstruar, comentei com o Leo sobre a falta de sintomas. Como eu tinha um teste de farmácia no armário, ele mesmo sugeriu que eu fizesse. Fiz e fomos lanchar. E eu não havia esquecido de verificar o exame?

Ao voltarmos... DOIS TRACINHOS! E a tonta aqui ainda achava que não estava grávida, pois o risco estava muito claro!

No dia seguinte, após mais DOIS testes de farmácia, e um de sangue... to grávida!!!!

E...sabe qual dia que a gravidez foi mais que confirmada?! 1º de abril! Dia em que comemoramos 3 anos de casados!!

O legal foi contar para a família e amigos que lembravam do aniversário de casamento. Todo mundo achava que estávamos brincando! Afinal, era o dia da mentira!

Mas será que ninguém percebeu que para nós 1º de abril é um dia como outro qualquer?!  Risos

Dia 9 de abril (umes após a 1ª consulta) voltei ao ginecologista... com o resultado do exame positivo em mãos! Imagine!!!

E hoje, 3 anos depois da descoberta mais feliz de nossas vidas, faço este relato surpresa!

Seis anos de casados, 7 anos e ½ juntos, uma filhota linda de 2anos e 3 meses e muita coisa boa a vivermos ainda.

Obrigada, marido, pela dádiva de viver e crescer como pessoa ao seu lado, de ser sua companheira, sua mulher, e, por ter me dado o presente de gerar uma criança linda – o amor que tornou-se visível!