TOQUES E RETOQUES: A noiva que tem dois pais!

Novos tempos, novos cógidos de ética, novos tipos de famílias surgiram e ainda estão surgindo!

Muitas noivas possuem dois pais, e aí vem a questão...com queme entrar na igreja?

Mas como assim dois pais Amandica? Ora, várias situações levam à isso:

1- a mãe foi abandonada pelo pai biológico e acabou conhecendo outro homem que virou seu marido, e que além de criar a filha a adotou (só que o pai biológico resolveu aparecer pouco tempo antes);

2- A mãe separou-se cedo do pai (ou melhor, ambos se separaram, afinal em uma separação devemos sempre considerar 50% de cupla de cada) e quem acabou criando a filha foi mesmo o segundo marido da mãe, tendo o pai biológico papel secundário em poucas ou quase nenhuma visita etc

3- A mulhere teve a filha, mas o namorado na época era muito moleque, sem cabeça, e resolveu sumir por aí...quem assumiu papel de pai da criança e até mesmo da mãe da criança é o avô, que não concordando com as atitudes do filho, foi o que criou, custeou, amou etc, mas um dia, o filho pródigo pra casa retorna querendo ser "pai"...

Entre outras situações inusitadas mas muito comuns estes tempos!

Uma solução bacana e que alegraria ambos seria entrar com o pai "mais ausente" primeiro, até metade da igreja, e após entrar com o "pai presente", que a criou, amou, custeou até o altar entregando-a ao noivo (e ele pode ser o pai adotivo, o segundo marido da mãe sem ter adotado, o avô etc) - digamos que issonão é algo que você ache nos livros de "como agir corretamente em um casamento" ou em um livro de "etiquetas em festas sociais", porém é uma solução que faz um sentido incrível quando levada pelo lado sentimental.

Temos que ter consciência hoje em dia que, as novas famílias hoje em dia, muitas vezes vêm de separações, novos irmãos surgiram, novos parentes são "agregados", enfim...e deve-se ter a flexibilidade desta nova geração, afinal não há uma jurisprudência sobre tais comportamentos (jurisprudência: um conjunto de decisões judiciais proferidas num mesmo sentido sobre uma dada matéria e proveniente de tribunais da mesma instância ou de uma instância superior como o STJ ou TST).

São tantas as composições familiares hoje em dia que não houve tempo hábil pela nossa legislação e nem mesmo pelos nossos costumes para classificá-las e até mesmo organizá-las: famílias monoparentais, famílias formadas por pais adotadivos homoafetivos entre tantos outros, e que em breve trataremos aqui.

Conheci uma noiva que, para não fazer o pai biológico ficar triste, pois ele havia se aproximado dela há uns 5 anos e formado um laço muito forte desde então e para não chatear o segundo marido da mãe que a criou como filha desde os seus 7 anos de idade, ela acabou entrando na igreja....COM A MÃE! Sim, e foi a imagem mais linda que vi nos últimos tempos, pois como ela mesmo disse, a mãe sempre teve um papel tão importante em sua vida, que valia por ela e os dois pais; isso acontece muito quando o pai é falecido e muitas vezes a noiva não tem um tio mais "chegado", ou irmão, ou até tem todos eles, mas quer entrar com a mãe: não é errado e é emocionante!

Ao final, é esta etiqueta que prevalece neste caso: a do afeto, bom senso, bem estar de todos e do amor!

Um grande beijo,

Amanda Accioli Salusse

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