Olhe além do dia do casamento! Adorei esta matéria!
Copiei do blog da Isabel Vargas em 2007, muito interessante!
Olhe além do dia do Casamento
A REVISTA Time (6 de dezembro de 1982), declarou que no Japão o casamento é um ‘empreendimento de 17.000.000.000 de dólares’, custando "a espantosa soma de US$ 22.000 [c. Cr$ 48,4 milhões] por casal". Contudo, "o aumento no índice de divórcios no Japão [é] sem precedentes; três de cada dez casais se separarão".
Como o casal encara o dia do casamento, e as demandas deste, pode influir diretamente na sua felicidade futura. Por quê? Segundo a psicóloga dra. Sally Witte, "os estudos mostram ser estressantes não só as coisas más que acontecem ao indivíduo, mas, também, as coisas boas". Especialistas em saúde mental dizem que casar-se produz mais tensão na pessoa do que perder o emprego. Obviamente, se a celebração do casamento for monumental, em vez de modesta, suntuosa, em vez de simples, a tensão que lhe sobrevirá será mais severa.
Ademais, muitos que hoje se casam centralizam tanta atenção — e expectativas irrealistas — em torno do dia de casamento que, depois dele, há um drástico desapontamento. Certa recém-casada relatou: "Por meses, todos os meus conhecidos pareciam emocionados, não apenas eu. Mas daí o casamento passou como que num segundo e, quando chegamos em casa, da recepção, eu estava tomada de tristeza." Certo jovem, citado no livro Getting Married (Casar-se), disse:
‘Supõe-se que o período do noivado seja esplêndido e emocionante. Daí, espera-se que você tenha uma suntuosa festa de casamento, cheia de fantasia. Isto é algo fantástico. Daí você irá em viagem de lua-de-mel, e isto é superfantástico. Você vai criando a expectativa de que algo fascinante e magnífico ocorrerá assim que se casar. Daí, de repente, vem aquela quietude. Subitamente, você tem que se virar sozinho com aquela mulher, e ela com você.’
Todos concordaríamos que o casal deve aguardar o dia de seu casamento qual ocasião feliz, especial e momentosa, pois estarão dando um grande passo em sua vida. Contudo, eles contribuirão para a sua própria felicidade se evitarem dar tanta ênfase ao dia do casamento a ponto de obscurecer o que realmente é mais importante, sua vida depois de casados.
Esteja preparado para trabalhar
Muitos que aguardam seu casamento achando que ‘algo fascinante e magnífico ocorrerá assim que a pessoa se casar’. Pessoas com tal conceito irrealista logo enfrentarão a desilusão, a frustração e a infelicidade. A verdade é que um matrimônio feliz exige trabalho, muito mais do que o relacionado com as bodas, por maior que tenha sido. Numa sessão de terapia marital, organizada pelo professor E. M. Pattison, uma jovem chamada Betty declarou: "Eu alimentava fantasias fascinantes sobre o casamento, apenas acentuadas por viver juntos. Mas não havia nada de mágico no casamento — apenas muito trabalho duro."
O estudo da Palavra de Deus pode ajudar a todos os que pensam em se casar a se prepararem para as realidades da vida conjugal. Como assim? Primeiro, porque sabemos que todas as pessoas herdaram de Adão a imperfeição. Romanos 3:23 nos assegura: "Pois todos pecaram e não atingem a glória de Deus." É igualmente certo que a pessoa imperfeita que passará a ser seu cônjuge não estará à altura de algumas de suas expectativas. Uma vez iniciada a rotina da vida diária, talvez descubra que seu marido é impaciente, um pouco genioso, um tanto preguiçoso, ou que tende a esquivar-se de suas obrigações bíblicas de cabeça da família. Ou, ao conviver com sua esposa, a intimidade do casamento talvez revele que ela é um tanto vaidosa, um pouco mandona, às vezes criticadora ou surpreendentemente interessada em bens.
Use sabedoria e discernimento ao escolher a ocasião para discutir tais assuntos, e não o faça quando seu cônjuge estiver obviamente irritado ou enfadado. A melhor reação se conseguirá se, durante tal abordagem, você fizer empenho de evitar refutar o ponto de vista de seu cônjuge. Isto é, escute realmente o que seu cônjuge tem a dizer e dê reconhecimento à sua objeção ou ao seu pedido. — Provérbios 15:28; 18:13.
Às vezes, esses assuntos surgem de modo natural, quando marido e esposa realizam seu estudo familiar da Bíblia. A própria natureza dessa ocasião pode ser proveitosa, pois ela é uma clara indicação de que ambos desejam aceitar sinceramente o conselho de Deus, bem como agradar a seu cônjuge. Este interesse em agradar seu cônjuge tem base bíblica e se harmoniza com o que o apóstolo Paulo escreveu: "[Que] cada um de vós [maridos], individualmente, ame a sua esposa como a si próprio; por outro lado, a esposa deve ter profundo respeito pelo marido." — Efésios 5:33; veja 1 Coríntios 13:4-7.
Cultive a confiança em seu matrimônio
Vocês terão considerável ajuda em resolver quaisquer problemas ou conflitos maritais, se ambos cultivarem uma qualidade que falta em muitos casamentos do mundo — a confiança. O estado deplorável que é comum nesses casamentos é similar ao que existia certo tempo em Israel: "Não tenhais fé no companheiro. Não tenhais confiança no amigo íntimo. Guarda o abrir da tua boca diante daquela que se deita ao teu seio." (Miquéias 7:5; Jeremias 9:4, 5) Não havia confiança entre marido e esposa, pois cada um temia que, desamorosamente, o outro divulgasse assuntos confidenciais ou fizesse mal uso deles. Se existe tal desconfiança, que esperança há de que os cônjuges colaborarão para resolver as diferenças e melhorar os laços maritais depois que tiver passado o dia do casamento?
Quanto ao valor da confiança, o professor Ned L. Gaylin escreveu: "Há duas pedras fundamentais para um casamento eficaz, satisfatório, e duradouro: amor e confiança. . . . Sem confiança o casamento é, quando muito, um frágil contrato de questionável validez." Note como Provérbios 31:11 descreve uma boa esposa: "Nela confia o coração do seu dono, e não há falta de lucro." Evidentemente, o marido dela, um ancião na cidade, deve ter tratado de certos assuntos congregacionais sobre os quais apropriadamente não revelou detalhes à sua esposa. Era um gesto de bondade, pois assim sua esposa não ficava sobrecarregada com assuntos sobre os quais não devia tomar conhecimento. (Provérbios 31:23; 20:19) À parte disso, deve ter havido entre eles um relacionamento de franqueza e confiança. Cada um confiava no amor do outro e se sentia seguro de que ele ou ela poderia expressar seus sentimentos profundos sem ser menosprezado(a) ou sem que tais assuntos confidenciais se tornassem de conhecimento público.
Se você e seu cônjuge cultivarem confiança mútua, isto fortalecerá seus laços maritais. Você se sentirá seguro de que pode expressar seus verdadeiros sentimentos. E quando porventura considerarem alguma divergência ou algum aspecto em que um dos cônjuges possa melhorar, será menos provável que haja uma rejeição pronta do ponto de vista do outro ou que alguém, ressentido, se coloque na defensiva. Em vez disso, você crerá com confiança que seu cônjuge lhe ama e que está sinceramente apresentando um ponto de vista ou sugestão que merece sua refletida consideração. — Provérbios 27:6.
Esta confiança também pode aumentar se você refletir sobre os sentimentos ternos e românticos do período de namoro e do dia do casamento. Invocar essas ternas recordações ajudará a reprimir qualquer ressentimento ou irritação. Portanto, se no momento você namora ou faz planos para seu dia de casamento, faça-o de tal modo que lhe sobrem recordações agradáveis, pacíficas e positivas, que inspirarão ternura e outros bons sentimentos muito tempo depois do dia do casamento. — Cântico de Salomão 3:11.
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