"Vai ter festa? Acho que não...", texto da nossa colunista mineira Rose Quadros...

Excelente texto da nossa querida colunista Rose Quadros! Parabéns minha querida amiga, mas uma vez um texto claro, objetivo e tocante!

Beijos

Aamandica!

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Foto de Jivago Sales
"A maioria dos casais que acalentam o sonho do casamento não o fazem sem imaginar que a cerimônia será seguida de uma bela recepção. A marcha, o véu, as alianças, a benção. Sim, tudo isso é planejado com requinte de detalhes. Entretanto a entrada triunfal, a primeira dança, o corte do bolo, o brinde, os convidados, esses ítems costumam tomar grande parte do imaginário das noivas, e também são os que geram maiores problemas durante os preparativos e decepções após o enlace.

Recebo com frequência e-mails e ligações de noivas angustiadas perguntando quanto custa fazer uma recepção hoje, questionando como farão para comunicar aos convidados que não haverá recepção e qual a melhor forma de lidar com a frustração alheia e com os comentários maliciosos e cruéis dos que recebem “a notícia”. “ Não vai ter festa? Ah, então não vou não!” “Como assim casamento sem festa? E lá eu vou me arrumar toda, investir em roupa, sapato, maquiagem para ir à igreja?”. “Casar na igreja pra que se não vai ter festa? Casa só no civil mesmo!”

Comentários indelicados? Certamente. Mas é de domínio público que não se pode contar com o bom senso e a educação alheia nem mesmo em momentos tão especiais como esse. Não se surpreenda se ouvir tais palavras de pessoas próximas e até mesmo das convidadas para apadrinhar a união, e saiba que ser alvo da malícia alheia não é exclusividade das noivas que nao fazem festa. Todos nós já ouvimos comentários do tipo: “vai gastar isso tudo em festa? Faz uma viagem!” “Nossa, não passou garçon na minha mesa, oh povo pão duro!”, dentre outras pérolas. O que fazer então? Se endividar até o pescoço e promover a festança? Comprar apenas cama, chuveiro, geladeira e fogão para garantir um evento a altura das expectativas dos seus convidados? Hum... se você cogita alguma dessas opções, das duas uma: ou você SEMPRE teve o sonho de ter uma grande festa de casamento e acha que vale abrir mão de outras coisas por ele, o que eu compreendo e respeito apesar de pensar diferente; ou você precisa reavaliar o valor e o sentido que você atribui à sua união.

Se oferecer uma festa de arromba sempre foi seu sonho e você realmente acredita que vale tudo para realizá-lo pois se casará somente uma vez, sugiro que ao menos estabeleça um limite de gastos e calcule os parcelamentos de acordo com seus rendimentos mensais. Mas lembre-se: diferente de um apartamento ou de um carro, que ao final do financiamento você adquiriu um bem e que poderá dispor dele no futuro, a festa dura apenas algumas horas e você poderá passar bons meses e até anos pagando por ela. Vale a pena?

Mas se recepção está realmente fora de questão e você sofre com isso, tentemos ver a situação por um outro prisma. O matrimônio em si já é um presente. É ele o prato principal! A recepção é apenas o cafezinho após um lauto jantar, ou seja, ela é complemento!

Seja qual for a crença, o matrimônio é um ato de amor, de entrega e de sacrifício. Sim, de sacrifício, pois permanecer ao lado do cônjuge “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença” é muitas vezes sacrificar a própria vontade em benefício de quem se ama. Por isso o casamento é sagrado, não importando a religião na qual é realizado. Ele é caminho para a evolução e para a maturidade espiritual. Cristo se sacrificou por amor aos seus irmãos e a eles permaneceu fiel. Assim fazem também os esposos que se doam para construir uma vida familiar harmoniosa, exercitando diáriamente a tolerância e o respeito, promovendo o bem na Terra.

O matrimônio é, portanto, uma vocação. Quando é verdadeiro, ele existe independente de recepções regadas a nobres comes e bebes. Os verdadeiros amigos do casal se sentirão honrados em testemunhar a celebração religiosa, ou até mesmo a civil, de um casal que se une com o objetivo de se amar e se dedicar um ao outro. Quem não se sente privilegiado quando pode compartilhar de momentos repletos de energias positivas e revigorantes? A partir dalí o que era duo se torna uno, e com dedicação e paciência será eterno. E para que seja assim os nubentes precisarão do auxílio e apoio dos amigos, por isso a grande importância em escolher bem os padrinhos e convidados para esse momento tão especial.

Portanto, ao invés de se chatear com comentários maldosos, piadinhas de duplo sentido e até mesmo fofocas, agradeça-os! Eles serão de extrema ajuda para escolher corretamente quem é merecedor do seu apreço e amizade.

Deixo aqui algumas dicas para tornar seu casamento religioso ou civil especial:

- Prepare surpresas para a cerimônia: um texto em homenagem ao cônjuge, uma música especial, a entrega das alianças feita por alguém que o casal ame muito, troca de presentes no altar são apenas algumas idéias para que sua cerimônia seja exclusiva e diferente. Isso tamém poderá ser feito no casamento civil, só depende do cartório e do juiz autorizarem.

- Se for casar apenas no civil, não abra mão do bouquet de flores, de trajes, cabelo e make especial para o dia, afinal é o seu casamento!

- Peça para que o celebrante solicite aos convidados que aguardem os noivos na saída para os cumprimentar.

- Chuva de arroz? Delícia!

- Ofereça bem casados ou bombons enquanto recebe os cumprimetos. Você mesma e seus familiares podem confecioná-los. Mimos home made são a última moda!

- Tire muitas, muitas fotos! Vale a pena sim investir uma graninha em um fotógrafo profissional para o grande dia!

- E lembre-se: você poderá fazer uma recepção mesmo após anos de casamento. Que tal uma festa para comemorar as bodas? Sempre há tempo para realizar sonhos!"

Beijo grandão!

Rose Tavares Quadros

(31) 9116-7375/ 8811-2282


Twitter: @rosequadros

Facebook: Noiva BH




Um comentário:

  1. Ótima matéria, tendo ou não festa as pessoas sempre vão fazer um comentário e sinceramente se a gente dá ouvidos a tudo que falam, acabamos nos contrariando e não sendo nós mesmos e sim uma expectativa dos que os outros pensam, acho que cada um deve seguir seu coração e bolso e deixar as opiniões alheias para quem tempo pra ouvi-las.

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