Crônica de um casamento, por Patrícia Finotti, colunista de GO (Goiânia).
"À moda antiga, via net"
No último Santo Antônio, minha melhor amiga casou. Foi um verdadeiro casamento à moda antiga, via net. Da forma que ela sempre sonhou. Só não esperava conhecer um belo Acreúcho, lê-se nascido no Acre e criado no Sul.
Há cerca de pouco mais de um ano, a minha amiga Cris, solteira e felicíssima, contou que havia criado um perfil em um site de relacionamentos e conheceu o mencionado cavalheiro, digo cavalheiro, pois, ele o é no sentido exato da palavra. O mais incrível, é que na ocasião ela também contou que iria conhecê-lo, e pegou um vôo para Porto Alegre.
“Oportunidade, decisão, ela viaja. Aeroporto, inesquecível. Ansiedade, a espera. O encontro. A surpresa. A aproximação. O beijo carinhoso. O abraço afetuoso. O olhar, leitura da alma. Irresistível, o beijo apaixonado. O afago, uma flor. O mundo para, o céu desce, as nuvens nos levam e agarrados, flutuamos. A cada segundo, certezas, sentimentos de que tudo é forte, verdadeiro e recíproco. Deus é Pai, o Destino seu Filho.”* Ricardo para Ana
“Oportunidade, decisão, ela viaja. Aeroporto, inesquecível. Ansiedade, a espera. O encontro. A surpresa. A aproximação. O beijo carinhoso. O abraço afetuoso. O olhar, leitura da alma. Irresistível, o beijo apaixonado. O afago, uma flor. O mundo para, o céu desce, as nuvens nos levam e agarrados, flutuamos. A cada segundo, certezas, sentimentos de que tudo é forte, verdadeiro e recíproco. Deus é Pai, o Destino seu Filho.”* Ricardo para Ana
Não deu outra, foi amor a primeira vista. Ao primeiro vôo? Ou a primeira tecla????
Lá ela volta, toda, amarrada pelo Acreúcho. Percebi pelos seus “olhos de esmeralda”* que na internet também se acha um amor. Meses se passam, o gentil cavalheiro vem retribuir a visita, e se encanta com as águas de Pirenópolis.
A conversa, ou melhor o namoro continua. “Recebi uma piscadinha, fiz que não vi, quase desdenho, pois descrente, minha mente justifica-se: Porto Alegre e Goiânia estão separadas por quase 2.000 km! Então, penso, mas e daí? Resignado e curioso, percebo aquele “sorriso de brilhantes”, aquele “olhar de esmeraldas”, fascinado, caio em graça. Não dá outra, retribuo o flerte. Internet, a via. Conversas, muitas, intermináveis. Inevitável, enamoramos.”*
Muita dúvida, muita vontade. A minha amiga, nas vésperas do meu Rubão nascer... Não dá outra, corre para o inesquecível Rio Grande. Por lá, começam a nascerem outros sonhos. É isso que dá, as milhas e milhagens da TAM.
Mas, quando menos se espera, bem no começo do ano, o Príncipe chega de carro. “Vim para ficar, é aqui que quero construir nossos sonhos!”.
Em menos de seis meses, tudo fica pronto. Bem do jeitinho romântico dela. No convite: “O mundo para, o céu desce, as nuvens nos levam e agarrados, flutuamos. A cada segundo, certezas, sentimentos de que tudo é forte, verdadeiro e recíproco. Deus é Pai, o Destino seu Filho. Reencontramo-nos em algum lugar do passado, agora no presente, pra sempre no futuro.” Ricardo
Em menos de seis meses, tudo fica pronto. Bem do jeitinho romântico dela. No convite: “O mundo para, o céu desce, as nuvens nos levam e agarrados, flutuamos. A cada segundo, certezas, sentimentos de que tudo é forte, verdadeiro e recíproco. Deus é Pai, o Destino seu Filho. Reencontramo-nos em algum lugar do passado, agora no presente, pra sempre no futuro.” Ricardo
Chá de Panela campestre. Casamento na Capela Santa Clara, toda coberta pelo divino véu da noiva mais radiante e... serena, que já vi. Os anjos batiam suas asas, e a Fada Sininho** espelhava o seu pó mágico de muito amor. O sermão do padre, mais que adequado: “O amor é paciente, é benfazejo; não é invejoso, não é presunçoso nem se incha de orgulho; não faz nada de vergonhoso, não é interesseiro, não se encoleriza, não se alegra com a injustiça, mas fica alegre com a verdade. Ele desculpa tudo, crê tudo, espera tudo, suporta tudo. O amor jamais acabará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá.” 1ª Carta de São Paulo aos Coríntios, Cap. 13
Na recepção tudo muito elegante. A mesa com um bolo de andar, e de verdade, repleta de florzinhas de docinhos típicos da região, feitos pela tia Alice. O casal embalado pela valsa, enquanto a mãe do noivo exclamava: “Lindo!”. Em meio às comidinhas, gorgonzolas e pastas, encontrei o Tio Marcial e comentei: “O senhor entregou uma filha.” Ele: “Será que devolve?”. Acho que não...
“Ana, meu amor, minha vida, a chave é você. Te Amo!”- Ricardo para Ana
*trechos extraidos do depoimento de Ricardo para Ana - Orkut
** nome e desenho usado por Ana Cris no Orkut
Patricia Finotti
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