DPC (Depressão Pós Casamento): do "rechaud" à panela no fogão!
Ainda me lembro aquele pós 01/10/2005, ao final, chegando de 15 dias da lua-de-mel...fui ver meus pais, avós, e comecei minha semana na minha nova casa: coisas para instalar, presentes ainda para abrir, ambientação na casa nova, detalhes inúmeros que ainda faltavam para nossa casinha ficar "decente", enfim...
Porém até aquele momento, minha vida estava cheia de orçamentos, planilhas, cheques para cair por coisas que diziam respeito a uma grande comemoração, preocupação com prova de vestido, teste cabelo and make up, o momento de entregar os convites e todo mundo perguntando: "Tá muito ansiosa?" e cantarolando aquele antigo refrão de uma música carnavalesca: "Tá chegando a hora..."!!!
Chegou o grande dia, tudo lindo, tudo fantástico, tudo perfeito...ainda hoje quando assisto ao DVD parece que não passei realmente por aquilo, parece que foi um sonho! Mas como todo sonho, uma hora acaba, e mais depressa do que imaginamos: o dia "D" passou e eu nem percebi! Um ano e oito meses de preparativos e as emoções à flor da pele, e tudo acabou em poucas horas que para mim pareceram mais alguns minutos...
Voltamos da lua de mel e pudemos dizer “enfim, sós” ao mesmo tempo de “lar doce lar”... só que algo diferente aconteceu: um vazio, uma tristeza misturada com alegria! Mas como isso era possível depois de realizar um grande sonho e estar ao lado do grande amor da minha vida?
De repente eu tinha uma nova vida, uma nova casa e não tinha mais que realizar o sonho do casamento, eu teria que sustentar o dia a dia de um casamento com amor, amizade, confinaça "até que a morte nos separe" e isso, de início me parecia bem mais difícil e bem menos empolgante do que os preparativos de nossa celebração matrimonial!
Um estudo já estimou que um em cada dez pares de noivos recentes, ao "cai da real" da vida de casados ficou tão perdido e até certo ponto triste que acabou evoluindo o que se denominou "post wedding blues" (depressão pós nupcial). Este estado de espírito pode durar meses, deixando os afetados desiludidos, confusos e até levando-os a questionar se o casamento não teria sido um erro! Mas, vendo bem, quando se investiu tanto tempo, dinheiro, energia e emoções em um único dia, é natural que, depois da boda, se experimente uma sensação de vazio.
Quanto custa um casamento, em todos os sentidos?
Financeiro: A agência de estudos de mercado Mintel calculou que, em 2004, o custo médio de um casamento (celebração e festa) fica pouco abaixo de 16 mil euros, um acréscimo de cerca de 50 por cento relativamente a 1998. Isto significa que muitos casais vivem os primeiros tempos (meses, anos...?) a braços com dívidas contraídas para conseguir realizar o casamento com que sonharam. Por isso, os planos de decoração da nova casa ou de férias no estrangeiro tornam-se uma impossibilidade financeira. Frequentemente, os jovens casais vêm o seu nível de vida substancialmente reduzido, quando comparado com os anos de namoro: programas antes habituais como jantar fora, ir ao cinema ou fazer um fim de semana romântico de vez em quando passam a ser um luxo inacessível.
Físico: normalmente, a ansiedade atinge níveis inéditos nas vésperas e no próprio dia do casamento. Mas o stress começa muito antes. Preparar um casamento é quase um (segundo) emprego a tempo inteiro que se prolonga durante meses (e é bem verdade não é mesmo noivinhas?). Para além disso, há, quase sempre, um esforço considerável para estar na melhor forma possível, o que envolve dieta e exercício físico exigentes. Tudo isto culmina com a adrenalina do dia "D". Quando finalmente têm oportunidade de descontrair, os casais descobrem que estão exaustos. Este cansaço deixa o sistema imunológico enfraquecido e o organismo vulnerável aos vírus mais variados.
Emocional: o maior investimento num casamento é, ainda assim, o emocional. A festa sonha-se perfeita nos mínimos detalhes. Mas a realidade é bem diferente e as pequenas desilusões são quase inevitáveis. É uma montanha russa de sentimentos intensos que, quando a música acaba, dá lugar ao vazio. É tempo de voltar às rotinas da vida como ela é. E isso pode ser duro.
O choque de realidade e a desaceleração após um grande evento podem até dificultar a adaptação na nova vida, mas não podem nunca mascarar o amor (ou a falta dele!) que fez duas pessoas decidirem ficar juntas pro resto da vida. Deveos lembrar que, esta será apenas a primeira das muitas montanhas russas que o casal terá que enfrentar na vida.
Acho que a minha "estranheza" com a nova vida durou quase 8 meses (não a chamo de Depressão Pós Casamento, porquê hoje sei que não foi uma depressão, mas só um "post wedding blues"...mas minha válvula de escape foi amar muito meu marido e comemorar todos os anos cada boda, desde o 1o ano (este será nosso 5o ano de bodas!), isso me fez sentir mais viva, ainda eu, tão festeira sempre precisando comemorar o amor!
Mas e você? Já está se preparando para este momento?
Este é o momento em que as "ex-noivas" e agora esposas percebem que tomaram uma decisão de enorme responsabilidade. Antes da festa, estavam ansiosas e enlouquecidas demais com os preparativos e não tinham tempo para pensar. Se não encontram as respostas, a tristeza pode evoluir para depressão. Nesses casos, elas se decepcionam com a vida a dois, o casamento ou o marido. Sentem-se frustradas, confusas e dificilmente conseguem enxergar outra saída que não seja a separação.
Ainda não existem números oficiais de relatos desse tipo no Brasil. Nos Estados Unidos, onde o fenômeno é conhecido como "post wedding blues" como comentei acima, estima-se que 5% das recém-casadas apresentem um grau avançado de tristeza. Embora a depressão pós-núpcias faça com que as mulheres se sintam encurraladas, não é um sinal de que a relação está fadada ao fracasso. É um sentimento normal, resultado de uma época em que as mulheres podem questionar se a escolha de casar é certa!
No meu caso, depois de alguma reflexão, eu sei que fiz a coisa mais acertada da minha vida!
Porém, noivas, não fiz esta matéria para deixar ninguém "down" viu? Aproveitem muito os preparativos e o dia "D", porquê o tal vazio é super normal aparecer, só não deixem ele ocupar toda a relação e o casamento em si, ok?
Agora se a tristeza e o problema for o MARIDO, aviso que já inventaram um remédio chamado divórcio! Claro que ninguém casa para se divorciar, mas existem casos que a única solução viável pode ser só esta...
Porém, noivas, não fiz esta matéria para deixar ninguém "down" viu? Aproveitem muito os preparativos e o dia "D", porquê o tal vazio é super normal aparecer, só não deixem ele ocupar toda a relação e o casamento em si, ok?
Agora se a tristeza e o problema for o MARIDO, aviso que já inventaram um remédio chamado divórcio! Claro que ninguém casa para se divorciar, mas existem casos que a única solução viável pode ser só esta...
Parabéns pelo comentário!!!!Já vi essa cena acontecer com alguns casais.
ResponderExcluirAdorei a matéria! Acompanhei 2 amigas que passaram por isso também, mas cada caso terminou de um jeito: uma amiga melhorou em poucos meses, já a outra infelizmente se separou, mas nesse ultimo caso a relação ja não era tão boa desde o namoro...
ResponderExcluirGraças a Deus não passei por isso, mas no meu caso acho que o fato de já morar com meu marido 1 ano antes de casar ajudou. Primeiro foi preciso aprender a conviver juntos diariamente, depois aguentamos o estresse dos preparativos do casamento juntos. Depois da lua de mel foi só voltarmos a nossa vidinha de sempre, mas com um gostinho bem melhor, claro, ser casada é bem diferente e mais gostoso do que só morar com o noivo rsrs
Muito boa a matéria! Eu não digo que passo por uma depressão, mas posso dizer que passo pelo denominado "post wedding blues", porque acredito que realmente a gente cai na real quanto á responsabilidade do casamento, e o mais agravante no meu caso, é que meu marido trabalha a noite e chega por volta de 1:00h da manhã, então quando ele chega estou dormindo ou tentando dormir...e quando eu saio ele está dormindo, então nos vemos praticamente só no final de semana. E a noite minha semana fica vazia, fico sozinha em casa, não tenho com quem conversar, imagina antes eu tinha meus pais e irmãos quando chegava do trabalho, agora tenho somente Deus....rs, e quando minha irmã,minha prima, meus pais vão em casa, mas é raro. No começo pensava que era só questão de adaptação, é eu até me adaptei, mas comecei sentir uma tristeza...um vazio...
ResponderExcluirMas pensei bem, para resolver isso agora que já estou mais adaptada ao meu "novo mundinho" vou voltar a estudar para ocupar minha cabeça e não ficar tanto em casa sozinha. E na sequência um bebezinho acho que vai me fazer muito bem....rs
Mas olha não é fácil mesmo essa fase, temos que estar muito centradas no nosso objetivo e amar muiiiiito!!!
Beijos e parabéns pela matéria!
Parabéns! É ótimo saber como as coisas acontecem pós-casório, para já ficarmos preparadas.
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